Casa / Cabul

Uma dona de casa inglesa expõe detalhes de sua vida e seu fascínio pela beleza do exótico Afeganistão, ao ler um guia de viagem antigo. Nessa jornada por montanhas, desertos e cidades esquecidas, ela arrasta atrás de si seu marido e sua filha, provocando o nosso encontro com a delicadeza e coragem da alma afegã.

Dona de Casa – Chris Couto
Milton Ceiling – Sergio Mastropasqua
Priscilla Ceiling – Kelly Klein
Quango Twistleton – Herbert Bianchi
Mahala – Amazyles de Almeida
Khwaja – Eric Lenate
Mulá Durrani – Alexandre Meirelles
Zai Garshi – Thiago Ledier
Dr. Qari Shah – Beto Amorim
Munkrat – Thiago Vieira
Milton Ceiling (stand-in) – Tony Giusti

Tradução e Direção: Zé Henrique de Paula
Direção musical: Fernanda Maia
Preparação de atores: Inês Aranha
Assistência de direção: Thiago Ledier
Cenografia e figurinos: Zé Henrique de Paula
Assistência de Cenografia e figurinos: Cy Teixeira
Perucas e postiços: Fabio Petri
Iluminação: Fran Barros
Operação de luz: Karina Camillo
Operação de som: Gabriela Germano
Músicos: Fernanda Maia (piano), Beto Sodré (percussão) e Nabia Vilela (voz)
Assessoria em História e Costumes Afegãos: Adriana Carranca
Assessoria em Dari e Pashtun: Sayed Mustafa
Direção de Produção: Sergio Mastropasqua
Produção executiva: Claudia Miranda
Produção: Íris Cavalcanti / Zafrica Produções
Assessoria de Imprensa: Sesc Santana e ArtePlural
Fotos: Lenise Pinheiro / Ronaldo Gutierrez
RELEASE COMPLETO

De Tony Kushner

Quando Casa/Cabul veio a público, em dezembro de 2001, a sincronicidade dos eventos retratados na peça com os então recentes acontecimentos que assombravam o mundo – o ataque às Torres Gêmeas, a posição do Talibã e a invasão norteamericana no Afeganistão – foram quase que prenunciados pelo autor.

Tony Kushner, o ganhador do Prêmio Pulitzer por “Angels in America”, trabalhava no texto havia quatro anos. Casa/Cabul foi concluída antes dos ataques.


A necessidade dos encontros

Resultado de 10 meses de pesquisa do Núcleo Experimental, a montagem busca retratar o senso de humanidade e os paradoxos dos personagens, tanto ocidentais como afegãos. Tony Kushner, através de sua escrita única, coloca em cena a ambiguidade e a coexistência de conexões e colisões culturais: Oriente e Ocidente, Comunismo, Islamismo, refugiados, ajuda humanitária, guerras, relações tribais, são alguns dos temas presentes na peça e também na pauta diária da imprensa em nosso país e no mundo.

Seus personagens são retratados a partir de acontecimentos pessoais, íntimos, sem nunca deixar de manifestar sua visão a respeito da História. Num país onde os fatos são tão imperativos, a voz de todos que lá estão gritam ou agem silenciosamente em busca da compreensão e da sobrevivência.


As jornadas

Casa/Cabul trata, entre outras coisas, de jornadas. A jornada de uma dona de casa em direção à sua mítica e sonhada e simbólica Cabul. A jornada de uma bibliotecária afegã em direção à cultura ocidental. A jornada de uma filha em direção à sua mãe. A jornada de todos nós em direção ao Outro, tão diferente de nós embora, ainda assim, tão parecido.

A peça também examina a ideia de Lar, esse lugar que existe algum lugar no mundo onde a sensação de Pertencimento é completa, plena.


O trabalho

Durante o período de ensaios foi realizado um cuidadoso trabalho de pesquisa e preparação. Em Casa/Cabul houve assessoria da jornalista Adriana Carranca, especializada em política internacional e Oriente, numa série de encontros sobre História e Cultura Afegãs. Além dela, outra participação essencial foi a do jovem afegão Sayed Mustafa, radicado em São Paulo, que ministrou aulas de Dari e Pashtun aos atores e acabou sendo vital na compreensão da personalidade nacional e da alma afegã.


Histórico
Estreou em 7 de maio de 2011 no Teatro do SESC Santana, em São Paulo.

Posteriormente, circulou pelas cidades de Sorocaba, Araraquara e Guarulhos.


Resumo Crítico 

“O diretor Zé Henrique de Paula segue a deixa do dramaturgo e de seus personagens e identifica, de forma inusitada e com grande efeito, a montagem com o Afeganistão, levando aos poucos também o espectador. Resultado de longa preparação, personagens paquistaneses falam a língua, dançam e agem como tal. Não é difícil compreender o que tanto afeta os fanáticos de várias filiações que, desde Angels in America, erguem obstáculos a Kushner. E ele sempre passa por eles sorrindo, sem jamais perder a piada.”

Nelson de Sá, Cacilda

“Particularmente no primeiro terço, a atriz Chris Couto realiza um trabalho primoroso. Como a referida dona de casa, oferece um longo monólogo, perfazendo um arco entre sua curiosidade por aspectos menores da realidade humana até seu arriscado mergulho no Islã.”

Luiz Fernando Ramos, Folha de São Paulo (Ilustrada)


Projeto apoiado pelo Governo do Estado de São Paulo – Secretaria de Estado da Cultura – Programa de Ação Cultural (ProAc)