Cândida

 Amor, casamento e identidade masculina são os temas centrais da comédia Cândida, do dramaturgo irlandês Bernard Shaw. Escrito em 1895, o texto ameaça colocar em cena um adultério a ser praticado por Cândida – a devotada esposa do reverendo Morell, um pastor anglicano de ideologia socialista. Cândida encanta-se pelo aristocrata Marchbanks, um jovem poeta. Ao invés de seguir os rumos esperados, porém, a peça tem um final surpreendente.

Cândida – Patricia Pichamone
Morell – Sergio Mastropasqua
Marchbanks – Thiago Carreira
Burgess – Gerson Steves
Prosérpina – Fernanda Maia
Lexy – Thiago Ledier

Tradução e Direção: Zé Henrique de Paula
Assistente de Direção: Fabrício Pietro
Direção Musical e Trilha Original: Fernanda Maia
Preparação de Atores: Inês Aranha
Cenografia e Figurinos: Zé Henrique de Paula
Confecção de figurinos: Cy Teixeira e Karin Ogazon
Iluminação: Fran Barros
Fotos: Roberto Mourão, Lenise Pinheiro e Ronaldo Gutierrez
Visagismo: Fabio Petri
Assessoria de Imprensa: Arteplural – Fernanda Teixeira
Coordenação de produção: Sergio Mastropasqua
Produção executiva: Claudia Miranda
Produção: Firma de Teatro
RELEASE COMPLETO

De Bernard Shaw

Ironia e irreverência marcam os personagens, incutindo ao enredo um tom de inteligência e alta teatralidade. Além dos três personagens que formam o triângulo amoroso central, completam a história o pai de Cândida, o capitalista insaciável Sr. Burgess; a secretária do reverendo Morell, Srta. Prosérpina e o assistente do pastor, reverendo Lexy Mill. A natureza da fé religiosa, o embate Socialismo versus Capitalismo, a decadência da nobreza e a Londres da era vitoriana também estão presentes na obra.

Dramaturgo irlandês autor de mais de 60 peças, agraciado com o prêmio Nobel de Literatura em 1925 (único prêmio que aceitou e cujo dinheiro destinou totalmente a tradução e difusão de autores suecos), paradoxalmente, Shaw é pouco montado no Brasil. Teve algumas de suas peças publicadas na década de 50, hoje esgotadas e encontradas em sebos. Entre elas podemos destacar César e Cleópatra, Pigmalião (adaptada para cinema e teatro como My Fair Lady), Santa Joana, A Casa dos Corações Partidos, Major Bárbara e Cândida. Podemos saborear seu humor e argúcia em coletâneas através dos livros Socialismo para Milionários e Teatro de Idéias. Assistir a uma peça de Shaw é ocorrência extremamente rara no Brasil. Recentemente, My Fair Lady, Major Bárbara e Santa Joana receberam montagens nacionais. É pouco para este homem que morreu aos 94 anos em plena atividade.


Histórico

Estreou em 02 de maio de 2008, no Teatro Augusta, São Paulo.

Outras temporadas: Teatro Brigadeiro e Teatro Sergio Cardoso (São Paulo), Teatro do Shopping Parque D. Pedro Shopping (Campinas) e Teatro do Jockey (Rio de Janeiro).

Em turnê nacional, apresentou-se nas cidades de Santo André, Barueri, Garça, Araraquara, Jundiaí, Sorocaba, Itu, Ribeirão Preto, Porto Alegre, Niterói, Vitória, Belo Horizonte, Nova Lima, Salvador, Recife, Fortaleza e Campo Grande.


Resumo crítico

“Cândida, de Bernard Shaw, é demonstração de civilidade no manuseio das tentações extra-conjugais, numa encenação igualmente elegante e muito criativa do diretor Zé Henrique de Paula, que obtém ótimo rendimento de todo um bom elenco, com saborosas intervenções de uma Fernanda Maia em estado-de-graça.”
Afonso Gentil, Aplauso Brasil

“Zé Henrique de Paula, de 37 anos, deixou de ser uma promessa para se firmar como um dos mais competentes diretores teatrais da atualidade. Depois de R&J (2006), Mojo e a versão musical de Senhora dos Afogados, ambas de 2007, ele acrescenta outro acerto ao breve currículo com a incursão pela obra do irlandês Bernard Shaw. Com diálogos afiadíssimos e um elenco de rara unidade, a montagem prima por sutilezas e cuidados. Da imobilidade dos atores na abertura até o riso oferecido a conta-gotas, o espetáculo cativa e surpreende pela forte e irônica encenação.”
Dirceu Alves Jr., Revista Veja São Paulo

“Sob a direção precisa de Zé Henrique de Paula, responsável também pela tradução, a encenação é fiel ao período definido por Shaw. Cenários e figurinos austeros reproduzem a Londres do século XIX enquanto a trilha sonora original demarca as passagens de tempo e o perfil de cada personagem. Responsável pelos melhores momentos do espetáculo, o trio de protagonistas preserva o que há de mais precioso na trama: os diálogos sempre aguçados do autor.”
Letícia Pimenta, Revista Veja Rio


Projeto apoiado pelo Governo do Estado de São Paulo – Secretaria de Estado da Cultura – Programa de Ação Cultural (ProAc) – Governo Federal – Ministério da Cultura – Lei de Incentivo à Cultura, e patrocinado por Porto Seguro, Petrobras, Nycomed e TVA.