O livro dos monstros guardados

As histórias de Magali, Madá, Maurício, Max, Milton, Mestre Eme e Mojo são contadas em primeira pessoa. Ao mesmo tempo em que o ator é o personagem, é também o narrador dos fatos. É como se o espectador fosse convidado a ler um livro sobre a vida daqueles personagens ou como se a vida dos personagens se tornasse um livro. São pessoas cheias de ressentimentos, amores, inseguranças e paixões – como todo ser humano. Essas pessoas comuns estão, no entanto, alteradas. De alguma maneira se encontram em uma situação sem saída ou sem perspectiva.

Madá – Sandra Corveloni
Mojo – Daniel Tavares
Max – Fabrício Pietro
Magali – Patricia Pichamone
Milton – Luciano Gatti
Maurício – Fabio Redkowicz
Mestre Eme – Otavio Martins
Voz em off – Guilherme Sant’anna

Direção: Zé Henrique de Paula
Assistente de Direção: Alexandra da Matta e Thiago Ledier
Direção Musical e Trilha Original: Fernanda Maia
Preparação de Atores: Inês Aranha
Cenografia e Figurinos: Zé Henrique de Paula
Confecção de figurinos: Ci Teixeira e Karin Ogazon
Iluminação: Fran Barros
Fotos: Lenise Pinheiro e Bibi Piragibe
Assessoria de Imprensa: Arteplural – Fernanda Teixeira
Coordenação de produção: Sergio Mastropasqua
Produção executiva: Diana Troper
Produção: Firma de Teatro

Vencedor do Prêmio Shell 2009, na categoria Melhor Autor (Rafael Primot).

Vencedor do Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro 2009, na categoria Melhor Texto (Rafael Primot).

Indicado ao Prêmio Quem 2009, na categoria Melhor Direção (Zé Henrique de Paula).

RELEASE COMPLETO

De Rafael Primot

Ator de teatro e cinema, roteirista, diretor e dramaturgo, Primot tem – apesar de jovem – largo currículo e premiações prestigiadas, como é o caso de “Manual para atropelar cachorro”, curta-metragem vencedor de mais de 20 prêmios (incluindo o Kikito de Melhor Filme de Curta-Metragem em Gramado) e que foi originado por uma das sete histórias que compõem a trama de O Livro dos Monstros Guardados.

Em cena o tempo todo, os atores contam suas histórias de forma direta ao espectador, atingindo o público através da humanidade desses personagens, mesmo que para isso tenham que tocar em assuntos proibidos e em verdades não ditas. Sete personagens em cena narram suas vidas, o que os liga é a exposição de suas intimidades, de seus momentos velados, individuais, monstruosos – falamos sobre “aquilo que não se vê”, de maneira humana, crível e por vezes, absurda.


Histórico

Estreou em 15 de setembro de 2009, no Teatro Imprensa, São Paulo.


Resumo crítico

“Denso e detalhista, o texto centra-se em sete personagens e traz monólogos fundidos para radiografar um universo de obsessivos e desajustados. Hábil, o diretor Zé Henrique de Paula alinhava bem a amargura e a ironia desses tipos esquizofrênicos. Do elenco, as luzes se voltam para Sandra Corveloni, premiada em Cannes pelo filme Linha de Passe. Quem chama atenção, porém, é Patricia Pichamone e Otávio Martins, capazes de envolver a plateia na trama.”
Dirceu Alves Jr. – Revista Veja São Paulo

“Não foi necessária nem meia dúzia de montagens (R&J, Cândida, Senhora dos Afogados e As Troianas-Vozes da Guerra) para se perceber que o teatro paulista ganhou um encenador a caminho da envergadura dos seus mestres. Em sua mais recente estréia, O Livro dos Monstros Guardados, em temporada no Teatro Imprensa, a criatividade do diretor inunda o palco com sucessivas e impactantes imagens a serviço do grotesco do ser humano, a partir do cenário (dele próprio) composto de simétricos nichos-cloacas, de onde bizarros personagens irão monologar. A trilha de Fernanda Maia, persegue a mesma meta, logrando bons climas musicais.Outro grande trunfo do espetáculo é a narração em off de Guilherme Sant’Ana, elegante e solene.”
Afonso Gentil, Aplauso Brasil

“Ressentimentos, amores, inseguranças, paixões – a vida como uma condenação a ser cumprida. A torturante rotina de sete personagens transforma O Livro dos Monstros Guardados em uma peça sobre a precariedade humana. (…) O tempo, de fato, permitiu a construção delicada da encenação. Apesar de os sete atores não se relacionarem entre si, todos reagem de alguma forma quando o outro está falando.”
Ubiratan Brasil, Jornal O Estado de São Paulo (Caderno 2)

“Por que ir: para ver a nova peça de Zé Henrique de Paula, diretor que nos últimos anos firmou-se como um dos principais do país pelo trabalho de qualidade em peças tanto experimentais como comerciais.”
Gabriela Mellão, Revista Bravo